O Bairro 1 de junho em Portimão : a evolução da sua arquitectura na apropriação do espaço

Este trabalho de dissertação sobre um projecto é o resultado de um estudo sobre a evolução da arquitectura na apropriação do espaço no Bairro 1 de Junho em Portimão. São abordados três temas principais: a problemática da habitação de interesse social em Portugal, o programa Serviço Ambulatório de Ap...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Contenda, Patrícia Alexandra Maçano (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10437/9212
Country:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/9212
Description
Summary:Este trabalho de dissertação sobre um projecto é o resultado de um estudo sobre a evolução da arquitectura na apropriação do espaço no Bairro 1 de Junho em Portimão. São abordados três temas principais: a problemática da habitação de interesse social em Portugal, o programa Serviço Ambulatório de Apoio Local (SAAL) e a apropriação do espaço verificada no bairro 1 de Junho. A habitação de interesse social sempre foi um tema delicado e que sempre gerou muitas questões, pois é o que apoia as famílias com grandes dificuldades económicas. A habitação deste género deve ser eficaz, barata, mas com condições de habitabilidade, assim como deve ser situada num meio urbano não marginalizado. Na procura de resolução desta problemática surgiu o Fundo Fomento de Habitação (FFH) com os seus vários programas para a prática de construção de habitações sociais. Dos programas criados pelo FFH, surgiu o SAAL pelas mãos do arquitecto Nuno Portas, Secretário de Estado na altura do 2º governo provisório, após o golpe de estado, a 25 de Abril de 1974. O programa SAAL teve a duração de dois anos, mas mesmo assim não deixou de ser um dos programas mais interessantes e fascinantes. Foi um projecto não só inovador nas práticas arquitectónicas e na integração destes bairros na cidade, como também foi um movimento de cooperação e voluntariado por parte dos técnicos em todo o país, envolvendo também a participação dos futuros moradores no processo. O SAAL teve o seu término a Outubro de 1976. Muitas das construções e dos moradores foram deixados sozinhos pelos técnicos e pelas entidades locais. Os próprios moradores tiveram de comprar os terrenos para poderem acabar as suas habitações. Assim, as habitações foram transformadas e não seguiram sempre o conceito do projecto de origem. Houve então a necessidade de estudar o tipo de interpretação do projecto aquando da execução da obra, bem como o processo evolutivo da habitação de acordo com as necessidades dos utentes com a subsequente apropriação do espaço verificada no Bairro 1 de Junho. Analisado este processo e as desvirtuações inerentes, procurou-se apresentar uma proposta em projecto que desse resposta às necessidades dos utentes, mas sem prejudicar o conceito subjacente ao projecto de origem.