Summary: | O acto de classificar pode ser considerado um processo indispensável à construção de Sistemas de Organização do Conhecimento. Em sistemas ontológicos, o intento de classificar o mundo divide opiniões quanto à sua viabilidade e fiabilidade. A generalização efetuada a partir de entidades singulares e sua relação com o conhecimento é central nesta problemática. Usando a distinção proposta por Bunge, entre universais substanciais e conceituais, aborda-se a relação entre o estudo ontológico, a lógica e a linguagem. Descreve-se a operação de “ontologização” de uma linguagem e aborda-se o problemático uso da linguagem lógica para deduzir categorias ontológicas. Finaliza-se clarificando as diferenças entre a visão platónica associada à lógica de primeira-ordem e o chamado essencialismo aristotélico. A reflexão apresentada aponta para a necessidade da inclusão da abordagem ontológica como instrumento interdisciplinar para uma visão mais abrangente da sociedade.
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