Summary: | O alargamento do Canal do Panamá, com conclusão prevista para o ano 2015, poderá potenciar uma alteração significativa dos tráfegos marítimos provenientes do continente asiático que cruzam os Oceanos Pacífico e Atlântico através da passagem pelo Canal do Panamá. O objetivo central do presente estudo assenta em determinar quais as implicações que o alargamento do Canal do Panamá terá no desempenho do porto de Sines e na economia nacional. Para chegar a este desiderato, procedeu-se à análise das principais rotas comerciais concorrentes com a rota do Panamá, seguindo-se uma perspetiva regional para análise dos fatores que intervêm na escolha do porto. Posteriormente e tendo por base uma visão local procurou-se apontar as vantagens competitivas do porto de Sines, e por fim determinar o impacto que a variação de carga no porto de Sines tem na economia nacional. Após alguma análise, concluiremos que mesmo após o alargamento, o Canal do Panamá, continuará a não se constituir como uma alternativa à rota comercial que cruza o Canal do Suez, com destino à Europa. Esta rota é claramente a mais competitiva uma vez que permite chegar ao mercado europeu mais rapidamente devido à menor distância a percorrer. Espera-se igualmente que o alargamento do Canal do Panamá se constitua como mais um fator a considerar no processo de escolha de um porto, escolha essa que é efetuada com base na avaliação de um conjunto alargado de vantagens e desvantagens, com o objetivo de retirar benefícios financeiros e económicos. Sines constitui-se como um porto de elevado potencial, mas que ainda conseguiu efetivar esse potencial, fruto da falta de estratégia do Governo Português para o porto de Sines e de uma maneira geral, para a atividade portuária nacional. A investigação concluirá que o alargamento do Canal do Panamá terá um impacto residual no porto de Sines e na economia nacional, motivado pelo facto de um hipotético aumento do tráfego marítimo ser mitigado pelas condições mais vantajosas que a rota do Suez apresenta nos fluxos comerciais Ásia - Europa, e também pelo reduzido peso que o setor marítimo-portuário representa na estrutura económica do país. Abstract: The expansion of the Panama Canal, scheduled for completion in 2015, may enhance a significant change in maritime traffic from the Asian region that cross the Pacific and the Atlantic Ocean through the Panama Canal. Our main objective in this paper is to conclude what implications the expansion of the Panama Canal will have on the performance on the port of Sines and in the national economy. To achieve this aim, we proceeded to the analysis of the main trade routes competing with the Panama route, followed by a regional perspective to analyze the factors involved in the port choice. Subsequently, based on a local view sought to point out the competitive advantages of the port of Sines, and finally determine the impact that the load variation in the port of Sines has on the national economy. After some analysis, we conclude that even after expansion, the Panama Canal, does not constitute as an alternative to the commercial route through the Suez Canal, to Europe. This is clearly the most competitive route, since it allows reaching the European market faster due to less distance to travel. It is also expected that the expansion of the Panama Canal constitutes as an additional factor to consider in the process of port choice, choose that is made based on the evaluation of a wide range of advantages and disadvantages, with the objective of achieve financial and economic benefits. Sines is recognized as a port of high potential, but still managed to realize this potential, due to the lack of Government strategy for the Portuguese port of Sines and in general, for the national port activity. The research concludes that the widening of the Panama Canal will have a residual impact in the port of Sines and the national economy, motivated by the fact that a hypothetical increase in maritime traffic be mitigated by more favourable conditions that the route of the Suez trade shows in Asia - Europe, and also the low weight that the port and maritime sector is the country's economic structure.
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