A dinâmica dos recenseamentos eleitorais no final da monarquia e na I República. Uma reflexão em torno de duas variáveis: alfabetizados e emigrantes.

O presente estudo tem como objetivo contribuir para novas perspetivas sobre a problemática da cidadania politica aferida pela dinâmica de inscrição nos cadernos de recenseamento eleitoral, na transição do regime monárquico para o republicano. Para isso efetuou-se uma geografia das taxas de recenseam...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Bernardo, Maria Ana (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10174/9000
País:Portugal
Oai:oai:dspace.uevora.pt:10174/9000
Descrição
Resumo:O presente estudo tem como objetivo contribuir para novas perspetivas sobre a problemática da cidadania politica aferida pela dinâmica de inscrição nos cadernos de recenseamento eleitoral, na transição do regime monárquico para o republicano. Para isso efetuou-se uma geografia das taxas de recenseamento que permitiu detetar a variação, ao longo do tempo e no espaço, do comportamento do eleitorado continental. O resultado evidenciou disparidades territoriais no plano da participação política que abriram caminho à formulação de interrogações sobre os motivos que lhe eram subjacentes. Procurou-se esclarecer a questão recorrendo a variáveis de tipo socioeconómico como a alfabetização e emigração. O propósito é demonstrar que as taxas de recenseamento, tomadas como indicador do comportamento político das populações, obedecem a determinantes que vão para além do efeito decorrente do maior ou menor grau de controlo e manipulação do processo eleitoral por parte das elites locais.