Reabilitação do património construído : Mosteiro S. Salvador de Paderne

Os edifícios rurais e urbanos classificados como património arquitectónico são obras de arte em que, desde há várias gerações, se desenvolveram culturas, hábitos e costumes únicos. Como tal, não devemos ignorar o seu passado, destruindo-o, pois estaríamos a apagar a nossa identidade colectiva. Tanto...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Neves, Bruno Miguel Ferreira das (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/11067/3110
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/3110
Descrição
Resumo:Os edifícios rurais e urbanos classificados como património arquitectónico são obras de arte em que, desde há várias gerações, se desenvolveram culturas, hábitos e costumes únicos. Como tal, não devemos ignorar o seu passado, destruindo-o, pois estaríamos a apagar a nossa identidade colectiva. Tanto os costumes antigos como os hábitos actuais reflectem-se na própria história, e negar esta realidade é negarmo-nos a nós mesmos. O conceito de reabilitação é aplicado há largos anos, com especial incidência em edifícios patrimoniais ou em monumentos que, por si só, constituem obras de arte, Este conceito tem por base um processo de recuperação física e histórica do edifício. Nos últimos anos, a noção de reabilitação estendeu-se às grandes zonas urbanas, abrangendo edifícios mais simples, não classificados, em consonância com os conceitos de recuperação plasmados nas Cartas Patrimoniais de Atenas, de Veneza e de Cracóvia, que iremos analisar e desenvolver ao longo do presente trabalho. Isto fez com que o papel do arquitecto passasse a ser mais valorizado, por força das responsabilidades acrescidas que sobre ele impendem de recuperar, conservar e reabilitar o edificado, procurando, em simultâneo, manter as suas características originais. As zonas degradadas, por norma localizadas nos grandes centros históricos, apresentam uma imagem desoladora de abandono e degradação, quase sempre derivada da insuficiência económica dos particulares que possuem os imóveis e da ausência de políticas de intervenção por parte das autarquias locais. Contudo, existe uma obrigação moral de reabilitar estes edifícios, pois eles contam a nossa história e remetem-nos para as nossas origens. O Mosteiro de Paderne, sobre o qual iremos centrar a nossa atenção, não é excepção a este dever que nos cabe a todos, sendo merecedor de uma política de recuperação física e social susceptível de valorizar o património e o local onde está implantado. Para tal, exige-Se a definição de uma estratégia correctiva de recuperação do património, capaz de entender a relação do edifício com a envolvente, considerando as suas patologias e as soluções construtivas mais adaptadas à época. Deste modo, será possível devolver ao local e, por consequência, ao mosteiro, a sua história, entretanto esquecida, e os costumes mais característicos da população local.