Entre dois impérios: viajantes britânicos em Goa (1800-1940)

De um lado, a Índia britânica, no auge do seu projecto imperial; do outro, a Índia portuguesa, em declínio acentuado. Para os viajantes britânicos dos séculos xix e xx, ir à «Índia do lado» significava transpor fronteiras espaciais e, sobretudo, temporais. Nesta época, a Índia portuguesa — e Goa em...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Vicente, Filipa Lowndes (author)
Formato: book
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10451/22289
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/22289
Descrição
Resumo:De um lado, a Índia britânica, no auge do seu projecto imperial; do outro, a Índia portuguesa, em declínio acentuado. Para os viajantes britânicos dos séculos xix e xx, ir à «Índia do lado» significava transpor fronteiras espaciais e, sobretudo, temporais. Nesta época, a Índia portuguesa — e Goa em particular — sugeria aos ingleses duas perspectivas: tanto servia de lição histórica sobre os erros a evitar para manter a dominação colonial, como era a ruína-relíquia que nas mãos dos britânicos poderia tornar-se um centro de prosperidade. Em qualquer destas visões, Goa surgia como um lugar diferente, híbrido, com fronteiras fluidas entre o português e o indiano, e com abundantes sinais visíveis dessa mistura — na arquitectura, na música, na roupa, nas práticas religiosas, na língua, na cultura intelectual, no corpo.Duas viajantes‑‑escritoras, o príncipe de Gales, a mulher de um cônsul, vários governadores, reverendos anglicanos, diplomatas, militares, funcionários administrativos e cientistas — foram vários os britânicos que fizeram da sua viagem a Goa uma comparação entre dois impérios.