Anticoagulantes orais diretos: um novo paradigma no tratamento da trombose venosa profunda

A trombose venosa profunda (TVP) é uma patologia com elevada mortalidade e morbilidade, sendo importante ser reconhecida e tratada de forma eficaz e precoce. Os anticoagulantes orais diretos (DOAC), que inibem seletivamente e de forma reversível o fator IIa (Dabigatrano) ou o fator Xa (Rivaroxabano,...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Guimarães,Bruna (author)
Outros Autores: Gonçalves,Luciana Ricca (author), Mansilha,Armando (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000200013
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S1646-706X2017000200013
Descrição
Resumo:A trombose venosa profunda (TVP) é uma patologia com elevada mortalidade e morbilidade, sendo importante ser reconhecida e tratada de forma eficaz e precoce. Os anticoagulantes orais diretos (DOAC), que inibem seletivamente e de forma reversível o fator IIa (Dabigatrano) ou o fator Xa (Rivaroxabano, Apixabano e Edoxabano), tornaram-se uma alternativa atrativa à terapêutica convencional devido à sua administração oral em doses fixas, sem interações alimentares e ausência de necessidade de monitorização. O objetivo deste trabalho é o de proceder a uma revisão sobre o uso terapêutico dos DOAC e da sua relação risco/benefício comparativamente à terapêutica convencional no tratamento e prevenção da TVP. Foi efetuada uma pesquisa na base de dados Pubmed de artigos em língua inglesa que abordassem os DOAC no tratamento e prevenção secundária da TVP. Foram incluídos os principais ensaios clínicos e as mais recentes orientações para o tratamento e prevenção do Tromboembolismo Venoso (TEV). Grandes ensaios clínicos randomizados demonstraram a não-inferioridade dos DOAC no perfil de eficácia comparativamente à terapêutica convencional com a vantagem de apresentarem uma segurança superior. A melhor relação risco/ benefício dos DOAC aliada às previsíveis propriedades farmacocinéticas e ausência de necessidade de monitorização por rotina, proporciona-lhes uma melhor relação custo-eficácia. Apesar de nem todos os doentes beneficiarem desta terapêutica, que deve ser individualizada em cada caso, os DOAC tornaram o tratamento e prevenção da TVP mais prático e seguro, com um aumento da satisfação e diminuição da incidência de eventos recorrentes, iniciando um novo paradigma no tratamento e prevenção da TVP.