Summary: | Segundo Bedford (2018), o risco de auditoria é o grau de exposição do auditor perante a sua segurança em opinar sobre a condição económica e financeira da empresa auditada através das suas demonstrações financeiras. Com a Lei SOX a focar-se no controlo interno, na sua monitorização e garantia de eficácia, este fica mais rigoroso e é expectável que o risco relacionado seja mais reduzido. No seguimento das afirmações acima, esta dissertação tem como objetivo perceber qual a perspectiva do auditor externo sobre o nível dos controlos das empresas que audita, qual a abordagem de auditoria mais utilizada e se são testados, de forma suficiente, os controlos das empresas. Com isto, o propósito é perceber quais seriam as consequências a nível de redução do trabalho e risco de auditoria, se fosse implementada em Portugal, uma Lei como a SOX. Esta dissertação está dividida em duas partes principais: a revisão de literatura e o estudo empírico. A revisão de literatura começou pelos conceitos fundamentais para o trabalho, nomeadamente o conceito de auditoria, de risco de auditoria, fraude, controlo interno e a relação do anterior, com a Lei SOX e com a redução do risco de auditoria. A opção metodológica escolhida foi a entrevista, porque permite ao entrevistador obter uma melhor percepção da opinião dos entrevistados, assim como as devidas justificações para as suas opiniões sobre o tema, mais do que apenas uma simples classificação não sustentada. Os resultados obtidos permitem concluir que, devido ao tecido empresarial português ser composto, na sua maioria, por PMEs, ainda há um longo caminho a percorrer a nível do controlo interno nas mesmas. No caso das empresas de maiores dimensões e cotadas, os controlos implementados são eficazes (na sua maioria) pelo que seria benéfico uma maior supervisão e eventualmente a implementação de uma lei como a SOX.
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