Comportamentos de saúde: estudo exploratório da relação entre as necessidades psicológicas básicas e a autoeficácia alimentar

A Teoria da Autodeterminação é uma abordagem motivacional assente numa meta teoria que realça a importância dos recursos humanos na autorregulação do seu comportamento. A satisfação das necessidades psicológicas básicas (autonomia, competência e relacionamento) influenciam a adoção/ mudança de compo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fernandes, Tânia Marlene Freitas (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.6/6559
Country:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6559
Description
Summary:A Teoria da Autodeterminação é uma abordagem motivacional assente numa meta teoria que realça a importância dos recursos humanos na autorregulação do seu comportamento. A satisfação das necessidades psicológicas básicas (autonomia, competência e relacionamento) influenciam a adoção/ mudança de comportamentos. Quando o sujeito sente que as suas necessidades estão satisfeitas, consegue ter a perceção das suas competências para estabelecer e cumprir objetivos, nomeadamente em relação à promoção e prevenção da sua saúde. Foi desenvolvido um estudo exploratório com 824 crianças e jovens com idades entre os 9 e os 17 anos, a frequentar os 2º/3º ciclos do ensino particular e cooperativo, dos distritos do Porto, Aveiro e Coimbra. Foi aplicado um questionário sociodemográfico, a Escala das Necessidades Básicas versão portuguesa da Balanced Measure of Psychological Needs (BMPN) e a Escala de Autoeficácia Alimentar Global (EAEAG). Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e correlacional, com o objetivo de investigar a relação entre as necessidades psicológicas básicas e a autoeficácia alimentar. Os resultados mostraram que o sexo feminino obteve maior grau de satisfação e frustração da necessidade de relacionamento quando comparado com o sexo masculino. Em relação à perceção de autoeficácia, o sexo masculino obteve pontuações mais elevadas. Face à idade, o grupo das crianças mais velhas destacou-se pelo elevado grau de satisfação de autonomia e relacionamento. O grupo das crianças mais novas apenas se destacou em relação à perceção de autoeficácia. Os resultados obtidos sugerem, como esperado, uma associação positiva entre o grau de satisfação das necessidades psicológicas e a perceção de autoeficácia. Assim, as alterações comportamentais acontecem quando o sujeito tem as suas necessidades psicológicas satisfeitas e tem noção das suas competências perante objetivos que pretende cumprir, nomeadamente face à adoção de comportamentos de saúde.