A influência de fatores psicossociais no Burnout experienciado-percecionado pelos professores universitários

O estudo que aqui se apresenta teve por objetivo principal estudar o burnout e os fatores psicossociais no local de trabalho. Procurou-se ainda, analisar o impacto dos fatores psicossociais no burnout experienciado/percecionado. Participaram neste estudo 121 docentes, oriundos da Universidade do Min...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Resende, José Carlos dos Santos Carreira (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.6/3892
Country:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3892
Description
Summary:O estudo que aqui se apresenta teve por objetivo principal estudar o burnout e os fatores psicossociais no local de trabalho. Procurou-se ainda, analisar o impacto dos fatores psicossociais no burnout experienciado/percecionado. Participaram neste estudo 121 docentes, oriundos da Universidade do Minho - 39.7% (n=48), Universidade de Aveiro - 36.4% (n=44) e Universidade da Beira Interior - 24% (n=29) sendo que 40.5% (n=49) são do género masculino e 59.5% (n=72) são do género feminino. O desenho do estudo é do tipo transversal, tendo sido recolhidos os dados num único momento através de 3 questionários: o questionário sociodemográfico, o Maslach Burnout Inventory- Educators Survey (MBI-ES) e o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ). Os resultados obtidos apontam para uma alta prevalência de exaustão emocional (n=45, 37,2%), baixa despersonalização (n=104, 86.0%) e alta realização pessoal (n=51, 42.1%), nas dimensões do burnout. No geral a prevalência de burnout pode considerar-se muito baixa. Quanto à relação dos fatores psicossociais no local de trabalho com as dimensões do burnout, a exaustão emocional está negativamente relacionada com as exigências quantitativas no trabalho (r=-570, p<.01), fadiga física e emocional (r=0.683, p<.01) e com o bullying (r=0.249, p<.01) e negativamente com a satisfação no trabalho (r=-0.583, p<.01), transparência e previsibilidade (r=-.430, p<.01) e apoio da comunidade social do trabalho (r=-0.425, p<.01). Já a despersonalização, está positivamente relacionada com a fadiga física e emocional (r=0.193, p<.01) e com o bullying (r=0.263, p<.01) e negativamente com a satisfação no trabalho (r=-0.458, p<.01), transparência e previsibilidade (r=-.300, p<.01) e, ainda, com o apoio da comunidade social do trabalho (r=-0.331, p<.01). Por último, a realização pessoal está negativamente relacionada com a fadiga física e emocional (r=-0.262, p<.01) e positivamente com a satisfação no trabalho (r=0.301, p<.01), transparência e previsibilidade (r=.299, p<.01) e apoio da comunidade social do trabalho (r=0.253, p<.01). Ainda neste estudo, recorreu-se ao modelo de regressão estatística múltipla, via stepwise, com o objetivo de verificar quais os fatores psicossociais que mais impacto têm nas diferentes dimensões do burnout. Verificou-se que a fadiga física e emocional, exigências no trabalho e satisfação no trabalho influenciam, conjuntamente, em 68,7% a exaustão emocional. Quanto à despersonalização, observa-se que esta é influenciada em 24,2% pela ação conjunta da satisfação no trabalho e exigências no trabalho. Por fim, a realização pessoal é influência em 12,6% pela satisfação no trabalho e pelo apoio da supervisão.