Contentores de tempo : limite entre o espaço público e o espaço privado, do corpo à cidade, de Gronongen à Rocinha

Como se organiza o território? Como o Homem se apropria da cidade? Como constrói os seus limites? O espaço público da cidade e o espaço privado da habitação coexistem num ponto tangencial: o seu limite. Este limite, como espaço percorrível e apropriado pelo habitante, é um elemento determinante na a...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Basto, Joana Braga Macedo, 1977- (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2014
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/11067/1310
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/1310
Descrição
Resumo:Como se organiza o território? Como o Homem se apropria da cidade? Como constrói os seus limites? O espaço público da cidade e o espaço privado da habitação coexistem num ponto tangencial: o seu limite. Este limite, como espaço percorrível e apropriado pelo habitante, é um elemento determinante na articulação do desenho da arquitectura e do urbanismo. Como espaço contentor de tempo, pode caracterizar a vivência urbana e atribuir diferentes linguagens ao território contemporâneo. A partir de um gesto simples - sair de casa - percorre-se o limite das várias esferas ontológicas, nas dimensões privada e pública, desde a realidade do corpo ao espaço da cidade, passando pela atmosfera que os une, a cultura. Deste gesto, diferenciam-se duas linguagens que expressam ora um limite percorrível, ora um limite de clivagem, que correspondem, conceptualmente, a lógicas urbanas definidas por estruturas lisas e dinâmicas, em contraponto com as estruturas estriadas, pré-estabelecidas. Dos conceitos à realidade, estendemos a consciência do limite à cidade informal, integrante de um sistema de organização dinâmica que dissolve as fronteiras da corporeidade para se tornar condição contemporânea, um suporte heterogéneo e pluricentral, com a capacidade infinita de auto-recriação. Ser limite é estar entre a razão e a experiência, entre o sedentário e o nómada, entre aquele que planeia e o que constrói, o itinerante e o flaneur; é, por fim, agenciar o movimento que se articula no espaço gerador do Grande Vazio.