Antibody based therapy for T-cell acute lymphoblastic leukemia : targeting IL-7 receptor

A Leucemia Linfoblástica Aguda de células T (LLA-T) é um cancro hematológico agressivo, para o qual a abordagem terapêutica atual consiste em regimes intensivos de quimioterapia multiagente, frequentemente levando a efeitos secundários a longo prazo que afetam a qualidade de vida dos doentes. Apesar...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Akkapeddi, Padma (author)
Format: doctoralThesis
Language:eng
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10451/48549
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/48549
Description
Summary:A Leucemia Linfoblástica Aguda de células T (LLA-T) é um cancro hematológico agressivo, para o qual a abordagem terapêutica atual consiste em regimes intensivos de quimioterapia multiagente, frequentemente levando a efeitos secundários a longo prazo que afetam a qualidade de vida dos doentes. Apesar do sucesso terapêutico em casos pediátricos, as recidivas ainda ocorrem em 10-20% dos casos, e o prognóstico é consideravelmente pior em adultos. Assim, existe uma necessidade de encontrar novos tratamentos mais seletivos e como tal, menos tóxicos, bem como de melhorar os resultados associados ao tratamento de LLA-T. A interleucina 7 (IL-7) e seu receptor, IL-7Rα, promovem o desenvolvimento de leucemia na maioria dos pacientes com LLA-T e à ativação mutacional de IL-7Rα, que ocorre em cerca de 10% dos casos, associa-se um elevado risco de recidiva. Utilizando bibliotecas de apresentação de fagos com combinações de scFv e reformatação de anticorpos, conseguimos produzir um anticorpo monoclonal IgG1, totalmente humano contra o IL-7Rα humano (denominado B12). B12 não apresenta reatividade cruzada contra o receptor de murganho e reconhece tanto a forma wild type como as formas mutantes de IL-7Rα, expressas naturalmente em linhas celulares de LLA-T e amostras de pacientes, bem como em células Ba/F3 transduzidas de forma estável com IL-7Rα humano. Simulações de dinâmica molecular sugerem que B12 forma um complexo estável com IL-7Rα num local diferente da IL-7. No entanto, B12 inibe a sinalização mediada por IL-7/IL-7R e induz morte celular per se em algumas linhas celulares de T-ALL, dependentes do eixo de sinalização IL-7/IL-7R (por exemplo, células TAIL7, dependentes de IL-7, e células DND4.1, que possuem IL7R mutante) e amostras de pacientes. Utilizando amostras de xenoenxertos derivados de doentes (PDX), células HPB-ALL e células D1 que sobrexpressam uma forma mutada para ganho de função de IL-7Rα, mostrámos, in vitro, que o anticorpo promove citotoxicidade mediada por células NK dependente deste e, in vivo, atrasos no desenvolvimento de leucemia de células T, reduzindo a carga tumoral e promovendo a sobrevivência do murganho. Além disso, B12 coopera com dexametasona na promoção da morte tanto de células HPB-ALL, resistentes a este fármaco, como de uma amostra de PDX, sensível ao mesmo. De notar, B12 é rapidamente internalizado através de poços revestidos de clatrina para o endossoma inicial, eventualmente traficando para o lisossoma - um efeito que é ligeiramente acelerado na presença de IL-7. Essas características tornam a B12 um veículo atraente para administração intracelular direcionada de uma carga altamente citotóxica. Como tal, desenvolvemos uma molécula de anticorpo conjugada com droga (ADC), B12-mono-metil-auristatina E (MMAE), na qual a conjugação sítio-específica de B12 foi realizada reduzindo-se as ligações dissulfeto inter-cadeias e reagindo o grupo tiol das cisteínas livres com um aceitador de Michael (derivado carbonil acrílico) ligado a um ligante clivável (valina-citrulina) e ao fármaco (MMAE). Testado contra diferentes linhagens celulares, células primárias de pacientes e amostras de PDX, o ADC B12-MMAE demonstra aumento da capacidade matar células leucémicas, in vitro, em comparação com o anticorpo não conjugado. No geral, este trabalho serve como ponto de partida para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas direcionadas contra LLA-T e outras doenças, nas quais o IL-7Rα desempenha um papel patológico.