Coping e sobrecarga nos cuidadores informais de pessoas com doença de Alzheimer

O objectivo deste estudo foi o de conhecer as relações existentes entre as estratégias de coping utilizadas pelos cuidadores informais de pessoas com Alzheimer e o nível de sobrecarga experienciado pelos mesmos. Foram inquiridos 62 cuidadores informais, 32 do sexo feminino e 30 do sexo masculino. A...

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Bibliographic Details
Main Author: Delgado, Marisa Mercês (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.12/4183
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/4183
Description
Summary:O objectivo deste estudo foi o de conhecer as relações existentes entre as estratégias de coping utilizadas pelos cuidadores informais de pessoas com Alzheimer e o nível de sobrecarga experienciado pelos mesmos. Foram inquiridos 62 cuidadores informais, 32 do sexo feminino e 30 do sexo masculino. A média de idades é 49,89 e desvio-padrão 20,25. Foi utilizado um questionário sócio-demográfico, e também o Índice de Barthel (Mahoney & Barthel, 1965) para medir o grau de dependência da pessoa com doença de Alzheimer, o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (Martins, Ribeiro & Garrett, 2003) para medir o nível de sobrecarga, e o Brief COPE (Carver, 1997) para medir as estratégias de coping mais frequentemente utilizadas. Quanto aos resultados obtidos, existe uma correlação directa entre a estratégia de coping Desinvestimento Comportamental e a Sobrecarga Financeira, e ainda com a subescala Implicações na Vida Pessoal. A estratégia mais utilizada pelos cuidadores inquiridos é a Reinterpretação Positiva (M= 3,56) e a menos frequente é a Uso de Substâncias (M= 1,19). Os cuidadores que mais utilizam a Reinterpretação Positiva são os que são cuidadores há menos tempo. Não existem elevados níveis de sobrecarga nos cuidadores inquiridos. Conclui-se que os cuidadores que têm mais dificuldades económicas desistem mais rapidamente de melhorar a sua situação, e também aqueles cujas vidas e planos mais foram alterados pela situação, são mais propensos a desistir dos seus planos e objectivos. Os que se tornaram cuidadores mais recentemente têm mais facilidade em lidar com a situação, pelo que a duração do cuidado parece ter um papel importante na sobrecarga experienciada.