Summary: | A obrigação de frequentar a escola, por um período de tempo cada vez maior, transformou a escolarização numa dimensão crucial da construção biográfica. A transição para o ensino secundário revela-se, neste aspeto, um momento particularmente crítico, uma vez que o jovem é convidado a definir um projeto (de futuro), através duma escolha de via escolar. Ora, ocorrendo numa etapa da vida — a adolescência — caracterizada pela adesão a uma ética de exploração, esta projeção no futuro pode levar a uma tensão entre ritmos biográficos (baseados na exploração) de construção de si e calendários institucionais (baseados na obrigação de escolher) impostos pelo sistema de ensino. Neste artigo, propomos um modelo de trajetórias escolares no ensino secundário que leva em conta tais tensões.
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