Summary: | A presente dissertação tem como objetivo perceber de que forma os níveis de burnout, envolvimento com o trabalho e a personalidade, influenciam a satisfação com a vida, numa amostra de adultos da população portuguesa. Com base na revisão de literatura foram formuladas as hipóteses de investigação e desenhado o modelo conceptual. Os resultados foram recolhidos através de um conjunto de questionários disponibilizados online para preenchimento por adultos portugueses. Participaram no estudo 500 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos de idade, que se encontravam a trabalhar. As hipóteses elaboradas foram confirmadas parcialmente através de uma correlação de Pearson e de duas regressões lineares multiplas. O burnout estava negativamente associado à satisfação com a vida e o envolvimento no trabalho estava positivamente associado com a satisfação com a vida. No entanto, apenas o envolvimento com o trabalho se revelou preditor da satisfação com a vida juntamente com a presença de cônjuge e o rendimento acima dos 999 euros. Interessantemente, os traços de personalidade não se relacionaram com o burnout, com o envolvimento com o trabalho nem com a satisfação com a vida. A preocupação e o foco dos programas desenvolvidos nas organizações têm sido sobretudo, a prevenção e a redução do burnout, devido às conhecidas consequências negativas para o indivíduo e para a organização. No entanto, este estudo permitiu perceber que as organizações devem implementar programas de promoção do envolvimento dos trabalhadores com o trabalho porque este se revelou preditor da satisfação com a vida contrariamente ao burnout.
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