Resumo: | O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre sintomatologia PSPT, a regulação emocional, tendo em conta o suporte social à luz de dados sociodemográficos (idade, sexo e evento considerado traumático), em vítimas e não-vítimas. Deste modo, foi desenvolvido um estudo quantitativo, que envolveu 167 participantes, 83.8% do sexo feminino e 16.2% do sexo masculino, com idades entre os 18 e os 67 anos, com média de 32.43 e desvio-padrão de 12.23. Foram utilizados instrumentos para avaliar a sintomatologia depressiva, a regulação emocional e o suporte social percebido, que estiveram disponíveis na plataforma online durante dois meses. Os resultados revelam que as variáveis de sintomatologia depressiva, suporte social percebido e a regulação emocional estão fortemente correlacionadas. As vítimas apresentam valores superiores em sintomatologia de stress pós-traumático, especificamente na reexperienciação e na hiperativação, no entanto, quanto aos participantes não-vítimas apresentam maior perceção de suporte social por parte de amigos e outras pessoas significativas. Verificou-se que não existem diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres quanto à sintomatologia PSPT e à regulação emocional. Porém, relativamente ao suporte social percebido, o sexo feminino apresenta suporte social percebido proveniente dos amigos e suporte social percebido total superior, contudo os homens apresentam níveis mais elevados na perceção de suporte social por outras pessoas significativas. Em relação à idade, observou-se que os indivíduos mais velhos têm maior dificuldade em agir de acordo com os objetivos comparativamente com os indivíduos mais jovens. Na sintomatologia PSPT e no suporte social não foram encontradas diferenças significativas em relação à idade. Concluímos que, os indivíduos mais jovens apresentam maior dificuldade em gerir as suas emoções comparativamente com os indivíduos mais velhos e as mulheres apresentam uma perceção de suporte social total superior aos homens.
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