Actividade de base no EEG de doentes epilépticos: procura de relações entre diferentes derivações baseada em medidas não lineares

O problema da localização de focos epileptogéneos é determinante para a correcta classificação clínica de um doente epiléptico e consequentemente para a escolha, por parte do clínico, da terapia mais adequada. Desta forma, e em última instância, ela é determinante para o bem estar do doente. O objec...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cunha, João Paulo Trigueiros da Silva (author)
Format: doctoralThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/33343
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/33343
Description
Summary:O problema da localização de focos epileptogéneos é determinante para a correcta classificação clínica de um doente epiléptico e consequentemente para a escolha, por parte do clínico, da terapia mais adequada. Desta forma, e em última instância, ela é determinante para o bem estar do doente. O objecto do trabalho desta tese consiste exactamente numa abordagem original a este problema. O caminho que escolhemos resultou da simples observação de que a maioria, se não todos, os métodos de análise de EEG com vista à localização de focos epileptogéneos usa actividade paroxística, deixando a actividade base de lado por ser considerada normal. A pergunta que pusemos inicialmente foi se na verdade a actividade base dos epilépticos seria mesmo normal ou teria escondida informação que nos ajudasse a localizar a zona onde o foco epileptogéneo estava localizado. No fundo, e pegando na célebre afirmação de MacGillivray "a ponta é a assinatura da epilepsia", a questão que levantamos é se a ponta será a única assinatura da epilepsia. Esta nossa abordagem foi baseada numa nova medida não linear de associação que estudamos de uma forma comparativa com algumas das encontradas na literatura. Os estudos apresentados em dois grupos de doentes epilépticos sugerem que se pode extrair informação do estudo da actividade base destes doentes que é relevante para o diagnostico da epilepsia. Por outro lado, cedo nos apercebemos que uma investigação profunda nesta direcção necessitava de incidir numa população alargada. Este facto implicaria reunir para toda esta população uma quantidade muito grande de informação (como informação clínica e demográfica, sinal biológico, imagem médica de diversos tipos, etc.), que se encontrava disponível em diferentes meios (papel, película fotográfica, bases de dados, etc.). Este problema era igualmente partilhado por toda a equipa de investigação ligada ao departamento hospitalar onde desenvolvemos este nosso estudo, e mesmo pelo corpo clínico e técnico encarregado da rotina clínica do departamento. Assim e em resumo o tema principal do trabalho que levámos a cabo foi a procura de informação susceptível de ajudar a localizar o foco epileptogéneo a partir de EEG de escalpe considerando quer a actividade paroxística quer a actividade base. Para o efeito desenvolvemos um sistema de informação multimédia que serviu de suporte quer à nossa investigação quer à actividade diária do departamento onde desenvolvemos o nosso trabalho. A abordagem ao complexo ambiente clínico onde implementamos o sistema foi baseada numa metodologia de modelização orientada por objectos.