Summary: | Com o surto de pandemia por COVID-19 a levantar constantes desafios a empresas e colaboradores, é pertinente questionarmos se existiu um impacto nas práticas de responsabilidade social corporativa, mais especificamente nos colaboradores. Assim, foi investigado o impacto das práticas de RSC da indústria farmacêutica em Portugal no envolvimento de colaboradores no contexto da pandemia por COVID-19. Após um enquadramento teórico de noções pertinentes para o tema em estudo, foi conduzido um estudo com recurso a análise de conteúdo proveniente de relatórios de RSC ou websites e de entrevistas a colaboradores de quatro empresas da indústria farmacêutica presentes em Portugal. Devido à pandemia por COVID-19 a indústria farmacêutica em Portugal adaptou as suas práticas de responsabilidade social corporativa. Esta adaptação não terá sido necessariamente através da criação de práticas para fazer face aos efeitos da pandemia, traduzindo-se antes numa adaptação de práticas existentes que possibilitem a realização em contexto pandémico de ações de responsabilidade social corporativa previamente definidas. Ao nível dos colaboradores, esta adaptação de práticas traduziu-se sobretudo na adaptação das empresas aos novos desafios ao bem-estar do colaborador que o modelo de trabalho remoto trouxe consigo. Contudo, estes esforços desenvolvidos no sentido de ser um empregador responsável nem sempre são acompanhados por um aumento no leque de ações. Concluindo, embora não seja possível afirmar que a alteração de práticas de responsabilidade social corporativa teve impacto no envolvimento de colaboradores, a presente dissertação fornece pistas sobre esta relação no contexto da pandemia por COVID19.
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