Cronologia das fases mais antigas do encaixe fluvial do Tejo em Portugal

Em Portugal, os terraços fluviais do rio Tejo têm na última década sido alvo de diversos estudos morfostratigráficos, com vista à construção de um quadro geocronológico. O interesse sobre os terraços fluviais não é exclusivamente relacionados com a geomorfologia, mas também para o estudo das ocupaçõ...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cristovão, Jorge Miguel Matos (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2014
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.26/5777
País:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/5777
Descrição
Resumo:Em Portugal, os terraços fluviais do rio Tejo têm na última década sido alvo de diversos estudos morfostratigráficos, com vista à construção de um quadro geocronológico. O interesse sobre os terraços fluviais não é exclusivamente relacionados com a geomorfologia, mas também para o estudo das ocupações humanas mais antigas do território. De facto os sítios mais antigos encontram-se neste tipo de depósitos. As limitações técnicas dos métodos de datação e a falta de restos fósseis impediram até são momento de ter uma cronologia fiável para as primeiras fases do encaixe fluvial. Apresenta-se nesta dissertação um quadro cronológicos para a incisão fluvial Quaternária do baixo Tejo, na zona de Vila Nova da Barquinha baseada nas recentes datações por Electron Spin Resonance (ESR) - Ressonância Electrónica de Spin. Foram obtidos resultados para quatros (T1-T3-T4 e T5) dos seis terraços que constituem a escadaria fluvial do Baixo Tejo. Utilizando a regressão linear para extrapolar a cronologia dos depósitos sem datação absoluta foi possível propor datas prováveis para os terraços T6 e T2 e também para o início da incisão fluvial, sobre a superfície culminante sedimentar. Desde modo foi possível estabelecer uma cronologia mais precisa para o começo da inversão desta bacia fluvial e a evolução do encaixe do rio Tejo no Quaternário. Os resultados obtidos para o início da incisão no Baixo Tejo (1,6Ma ) aparentam ser sincrónico com outras bacias da Península Ibérica e da França, sugerindo que o processo de encaixe do Baixo Tejo está relacionado com os eventos climáticos a escada mundial.