Resumo: | Este estudo tem como objectivo verificar e analisar as correlações entre a satisfação no trabalho, a inteligência emocional e o estado emocional dos participantes nomeadamente a ansiedade, a depressão e o stress. O presente trabalho incide numa amostra de 100 indivíduos, 60 do sexo feminino e 40 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos de idade, com anos de escolaridade completos entre os 6 e 19, de diferentes religiões e profissionalmente activos e sem diagnóstico clínico. Para a realização do respectivo objectivo foram aplicadas a Escala Veiga de Competência Emocional (Branco, 2009) , o Questionário de Satisfação no Trabalho (Ribeiro e Maia, 2002) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (Ribeiro, Honrado e Leal, 2004ª). Deste modo na primeira hipótese observou-se uma correlação negativa significativa entre a inteligência emocional e a ansiedade, depressão e stress, nomeadamente nas escalas totais, à exceção da gestão de emoção de grupos. Em relação à segunda hipótese verificou-se uma correlação positiva moderada, estatísticamente significativa entre a inteligência emocional no que diz respeito a autoconsciência, empatia e valor total, com a satisfação no trabalho. Na terceira hipótese também se constatou uma correlação positiva estatísticamente significativa entre a satisfação no trabalho com a ansiedade e depressão. Assim conclui-se que, de modo geral os participantes que apresentam uma maior inteligência emocional, demonstram também maior satisfação no trabalho e menores valores de ansiedade, depressão e stress. Espera-se contribuir com esta investigação para um maior conhecimento acerca de como as variáveis envolvidas interagem entre si e de que modo poderá esta interação influenciar a qualidade de vida dos indivíduos.
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