Resumo: | Ainda que as novas formas de gestão já valorizem a adoção de ferramentas e algoritmos de análise de base de dados, estando, por sua vez, cada vez mais predispostas a utilizar análises em tempo real e preditivas, existe ainda alguma relutância por parte das gerações mais conservadoras para a sua adoção. Apesar de a literatura já antecipar algumas motivações e desafios, não existe, ainda assim, informação específica sobre o mercado português ou a população portuguesa (Arasteh, Aliahmadi, Mahmoodi, & Mohammadpour, 2011; Chen, Chiang, & Storey, 2012). Por conseguinte, o propósito da investigação será procurar identificar as motivações por detrás da adoção do Business Analytics na população portuguesa. Para este efeito foi realizado um estudo exploratório tendo como base o modelo desenvolvido por Venkatesh, Thong, & Xu, (2012) a: Unified Theory of Acceptance and use of Technology (UTAUT). A base de dados estudada foi obtida através da realização de um inquérito por questionário online, cujo público alvo foi a população portuguesa. O universo total de respostas foi de 102, sendo que 47,8% dos inquiridos se identificam como indivíduos do sexo Masculino e 52,2% como sendo do sexo Feminino. A análise realizada permitiu a identificação de quatro determinantes de aceitação a Expectativa de Desempenho, Expectativa de Esforço, Condições Facilitadoras e a Intenção Comportamental. Verificou-se também que as motivações por detrás da adoção do Business Analytics dependem principalmente da posição hierárquica em que a pessoa está inserida. Todavia, concluiu-se que o preço e a expectativa do retorno do investimento não são o maior impeditivo na adoção do Business Analytics. No entanto, a conclusão mais importante foi a identificação do não conhecimento e do medo da inteligência artificial como os principais condicionantes à adoção.
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