| Resumo: | Existem várias correntes de análise do Design enquanto disciplina, dentre as quais se pretende relevar a que reflecte sobre o desenvolvimento incessante de produtos que decorre dos constantes ciclos da moda e das novas tendências. Vários designers vêem assumindo uma crescente preocupação com a questão da sustentabilidade e da longevidade dos artefactos, a par com a usabilidade e conexão emocional que se consideram preponderantes nos dias de hoje para a relação com os utilizadores. Com estas problemáticas como ponto de partida, recupera-se a abordagem aos artefactos que designamos como anónimos: objectos do quotidiano, que evoluíram ao longo do tempo tornando-se extremamente funcionais e universais, sendo irrelevante conhecer o seu autor. Embora respondam a necessidades simples, assumem para o utilizador um significado pessoal e influenciam a sua conduta diária. No âmbito da investigação sobre a relevância e natureza destes artefactos, que se encaram como inspiradores para o desenvolvimento de novos produtos, será promovida a sua reflexão e intervenção no âmbito nacional. Pretende-se fomentar um Design evolutivo, que assenta na originalidade e inovação através de novas interpretações dos utilitários considerados banais mas que são absolutamente essenciais nos nossos dias. Partindo de um estudo introdutório do impacto e influência destes artefactos no quotidiano dos utilizadores, e consubstanciada a sua capacidade de servirem de ponto de partida para novas abordagens em Design, será feita a reflexão sobre uma proposta de modelo de abordagem para a sua valorização através do Design, cuja implementação projectual e metodológica se pretende efectivar no meio académico, onde foi possível ensaiar uma proposta inicial. Do modelo colocado, além do impacto expectável no seio da comunidade académica, releva-se também a sua repercussão na produção local e a implantação na comunidade, potenciadas por uma nova geração de designers mais atenta à influência e aos efeitos da sua actividade
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