Resumo: | Resumo: As silenciosas intensidades da arquitectura surge da vontade de compreender uma arquitectura mais profunda. Neste sentido, abordamos o modo como as diferentes dimensões da arquitectura se relacionam com o conceito do silêncio. A procura pela poética do silêncio, a produção criativa e a leitura dos espaços arquitectónicos fazem parte do percurso silente realizado pelo homem, enquanto criador e usufruidor. A comunicação e a experiência da arquitectura ocorrem, essencialmente, através do silêncio, criando um diálogo privado entre a obra e o usufruidor, num acto íntimo e intransmissível, que tenta relacionar a exterioridade do mundo com interioridade do indivíduo. O silêncio é cheio de significados e actua através de elementos arquitectónicos capazes de transformar o lugar. Desta forma, reflectimos sobre os elementos arquitectónicos intervenientes na construção dos espaços singulares. A nossa reflexão passa por uma compreensão sobre a forma como estas características se expõem, o seu significado e como são percepcionadas pelo usufruidor. Perante esta reflexão, analisamos as contribuições de Tadao Ando e Louis Kahn, casos de referência que, no nosso entender, conseguem transmitir um ambiente transcendente, através da utilização dos elementos arquitectónicos abordados, exprimindo-se em algo que a linguagem é incapaz de traduzir. Ambos criam atmosferas únicas e autênticas, dando forma a espaços que se apoderaram das palavras do homem.
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