Resumo: | Em Portugal, após períodos de instabilidade, nomeadamente a crise económica mundial e a crise de dívida soberana, tem-se verificado um aumento exponencial e constante na corrida ao crédito automóvel, por parte dos agentes económicos. A presente dissertação tem como objetivo analisar o comportamento do crédito automóvel durante o período compreendido entre 1998-2018. Pretende-se analisar os indicadores económicos mais relevantes da economia portuguesa e determinar, através de estudo econométrico, quais destes influenciam o crédito automóvel e que tipos de impacto têm. Para responder à pergunta central desta investigação é utilizado o modelo econométrico de Vetores Autorregressivos. A investigação abrange dois modelos de crédito automóvel: para particulares e para empresas. Estudos anteriormente realizados mostram que indicadores económicos como taxa de desemprego, PIB, rendimento das famílias e taxa de juros, são alguns dos que podem influenciar o setor automóvel. Os resultados alcançados demonstram que os indicadores como a taxa de variação do PIB, a taxa de desemprego, o rendimento líquido e a carga fiscal são fatores que afetam o crédito automóvel e que, consequentemente, necessitam de um acompanhamento próximo e continuado, no sentido de se tomar uma boa decisão estratégica ao nível de gestão, no caso de uma instituição financeira. Ao nível do estado, os resultados são interessantes, uma vez que o mesmo tem a possibilidade de manobrar os indicadores económicos através de decisões governamentais (designadamente o rendimento líquido e a carga fiscal) e, desse modo, controlar indiretamente o crédito automóvel.
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