Summary: | Da leitura atenta do normativo nacional e internacional mais recente relativo à gestão da informação e documentação, respetivamente a ISO 15489:2001, bem como da observação das empresas num prisma eminentemente sistémico, percecionam-se novas abordagens e perspetivas que grassam na atualidade e que permitem ajustar a gestão da informação e documentação à realidade da Sociedade da Informação. Neste entendimento, e partindo da metodologia emanada pelo mesmo normativo, a conceção de um Sistema de Informação implica um prévio estudo orgânico-funcional, minucioso e exaustivo, que permita abordar a gestão deste Sistema numa perspetiva funcional passível de ser identificada num plano de classificação igualmente funcional como é exemplo o Plano de Classificação da Informação Arquivística da Administração Local (PCIAAL), o qual procura refletir simultaneamente o critério de interoperabilidade semântica, facilitador da comunicabilidade entre os diferentes sistemas. Mas uma estrutura deste tipo não fica completa sem o recurso à descrição de cada um dos processos, numa maturação integrada de diversos aspetos relacionados com a organização e recuperação da informação, que envolvem ainda, na atualidade, questões relacionadas com o levantamento de requisitos (de registo) de informação nos sistemas, entre os quais a segurança e acessos ou a avaliação e seleção, e donde resultará uma estrutura tanto mais completa quanto complexa, mas simultaneamente integrada e integradora. Este consubstancia-se como um efetivo contributo para a maturação do sistema de gestão integrada da informação e da documentação da SANEST, posicionando-se de modo cada vez mais eficaz e eficiente no apoio à tomada de decisão, sobretudo na era digital, onde numerosas questões se colocam e onde ressalta à vista a evolução dos princípios basilares da arquivística tradicional, donde a assunção da relevância da elaboração de esquemas de metainformação em que se enquadra a própria classificação.
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