Crescimento somático na população africana em idade escolar: Estado actual do conhecimento

O desenvolvimento da investigação científica em torno do crescimento somático das populações tem-se justificado não só pela sua utilidade no âmbito da saúde pública e desenvolvimento humano, mas também pelo contributo que presta a diferentes domínios da ciência, como sejam a auxologia, a antropologi...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Saranga,Sílvio (author)
Outros Autores: Maia,José (author), Rocha,Jorge (author), Nhantumbo (author), Prista,António (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2006
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232006000100010
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S1645-05232006000100010
Descrição
Resumo:O desenvolvimento da investigação científica em torno do crescimento somático das populações tem-se justificado não só pela sua utilidade no âmbito da saúde pública e desenvolvimento humano, mas também pelo contributo que presta a diferentes domínios da ciência, como sejam a auxologia, a antropologia, a epidemiologia e a nutrição, entre outros. Por se encontrar associado aos estudos das populações afectadas por condições higiénico-nutricionais adversas, o continente africano encontra particular interesse no seu desenvolvimento e aplicação. A presente revisão da literatura, ao tentar estabelecer o estado do conhecimento actual, pretende auxiliar os pesquisadores de populações africanas em idade escolar. A partir da consulta de bases disponíveis, foram seleccionados todos os artigos que versassem estudos realizados em África, com sujeitos em idade escolar e referindo diferentes aspectos do seu crescimento somático. Os estudos revistos revelam uma preocupação centrada em torno do significado antropobiológico do crescimento infanto-juvenil, nomeadamente na influência das condições sócio-económicas no crescimento, sobretudo a partir de um enfoque diferencialista de meios e estratos sócio-económicos distintos. Um outro aspecto de relevo reside no uso generalizado de normas internacionais para avaliar-estimar o estado nutricional, bem como a validade dos pontos de corte usualmente utilizados. Finalmente, sugere-se abordagens mais amplas e diversificadas no entendimento da enorme variabilidade populacional. A epidemiologia genética, ou a genética de populações podem ser enfoques altamente promissores.