Desafios de co-criação e a pandemia COVID-19: presencial, blended ou online?

A pandemia COVID-19 colocou ao mundo, às sociedades e, também às instituições de ensino superior inúmeros desafios, estimulando, a cada dia que passa, a sua capacidade de adaptação e superação. A necessidade de confinamento obrigou a uma aceleração da digitalização e virtualização das atividades de...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Costa, Cláudia S. (author)
Outros Autores: Pereira, Fernando A. (author), Barbedo, Inês (author), Almeida, João P. (author), Almeida-de-Souza, Juliana (author), Cabo, Paula (author), Rodrigues, Pedro (author), Ferreira, Rui (author), Ferro-Lebres, Vera (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/23538
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/23538
Descrição
Resumo:A pandemia COVID-19 colocou ao mundo, às sociedades e, também às instituições de ensino superior inúmeros desafios, estimulando, a cada dia que passa, a sua capacidade de adaptação e superação. A necessidade de confinamento obrigou a uma aceleração da digitalização e virtualização das atividades de ensino-aprendizagem, sem tempo prévio de preparação, capacitação e alocação de recursos que garantissem a eficiência e a equidade das condições de acesso e de ensino. As dificuldades impostas foram particularmente desafiantes para o desenvolvimento de metodologias ativas, com base em projetos de co-criação, nas quais os estudantes, sendo os principais elementos na construção de conhecimento, trabalham em equipas multidisciplinares e multiculturais e em constante interação. Neste contexto, este trabalho visa analisar os resultados destes projetos de aprendizagem com base em desafios de co-criação, comparando seis épocas que funcionaram em três modalidades distintas: o modelo presencial, o modelo blended que prevê sessões síncronas e sessões assíncronas e o modelo online. Foi feito um estudo transversal, quantitativo, analítico, comparativo, usando resultados de 2775 pontuações atribuídas durante as avaliações, com inputs dos estudantes (avaliação individual, que contempla a autoavaliação e a avaliação entre pares da mesma equipa, e das equipas) e dos elementos dos diversos júris, constituídos por professores, especialistas, empresários e representantes de entidades públicas. A amostra inclui dados de 190 estudantes, agrupados por 39 equipas, e de 31 membros dos júris, das seis diferentes épocas, 3 presenciais, 2 blended e 1 totalmente online. As várias avaliações (individuais, equipas e júris) foram comparadas, nas três modalidades de ensino-aprendizagem, através dos testes não-paramétricos de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. Os resultados preliminares revelam que para todas as comparações (p<0,001) as pontuações da avaliação individual foram maiores na modalidade presencial e as pontuações das avaliações das equipas e dos júris foram maiores na modalidade online. Ao considerar os diferentes pares de modalidades, observa-se que as notas individuais são maiores no modelo presencial, quando comparadas, quer com o modelo online (p<0,01), quer como o modelo blended (p<0,001); as notas das equipas são menores na modalidade blended comparando com o presencial e o online (p<0,001 para ambas); e as notas dos júris são menores na metodologia presencial, ao comparar com o modelo blended ou online (p<0,001 para ambas). Estes resultados sugerem assim que o uso de diferentes modalidades tem impacto nos resultados de avaliação dos estudantes, considerando pertinente explorar de forma mais aprofundada o comportamento e a perceção dos estudantes, individualmente e em equipa, e dos elementos dos júris.