Summary: | Resumo da tese: A maioria dos indivíduos usufrui de grande diversidade de alimentos sem problemas. No entanto, para uma pequena percentagem de indivíduos, determinados alimentos podem causar reacções adversas. As alergias alimentares têm aumentado significativamente na última década, principalmente em crianças. A alergia alimentar é a denominação utilizada para as reacções adversas aos alimentos que envolvem mecanismos imunológicos que podem ser mediados por IgE, por células ou por ambas. As manifestações clínicas podem variar de urticária leve a reacções sistémicas com morte por anafilaxia. Nas crianças, os alimentos mais comuns de alergia são o leite, a soja, o ovo, o trigo e o amendoim, sendo a alergia ao leite de vaca a mais comum nas crianças e a do amendoim a mais persistente, todas elas relativas aos Estados Unidos da América. Uma vez que o tratamento da alergia alimentar engloba a restrição completa do alimento alergénio, um diagnóstico correcto é imprescindível não só para direccionar o tratamento, mas também para evitar a restrição alimentar desnecessária, que, se prolongada, pode afectar negativamente o estado nutricional da criança comprometendo o seu crescimento. Deste modo, o acompanhamento do paciente por parte do médico e /ou do nutricionista é imprescindível no controlo evolutivo da reacção de hipersensibilidade alimentar da criança de forma a determinar o momento ideal de reintrodução do alimento excluído uma vez que grande parte das crianças vai adquirir tolerância ao alimento a priori alergénico.
|