Summary: | Resumo Enquadramento: A pandemia mudou significativamente as rotinas sociais e académicas dos estudantes do ensino superior. Objetivo: Identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino superior e fatores associados. Metodologia: Estudo transversal com amostra de conveniência de 567 estudantes (idade média 23,92, ± 8,36; 63,8% feminino), que responderam a um questionário online no início do segundo confinamento, que incluiu o General Health Questionnaire (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, académicos e as principais mudanças ocorridas durante a pandemia. Resultados: A pontuação média do GHQ foi 29,18 (± 12,99) e as menores e as maiores pontuações médias foram obtidas nas subescalas depressão grave (3,55 ± 4,46) e disfunção social (11,44 ± 3,81), respetivamente. 60,5% registou risco para problemas mentais. Os participantes que identificam alterações laborais têm melhor saúde mental. Quem identifica alterações nas rotinas familiares tem maior sintomatologia depressiva e quem identifica alterações nas relações familiares maior sintomatologia ansiógena e insónia. Conclusão: Urge considerar a saúde mental dos estudantes, promovendo estratégias para minimizar o impacto da pandemia, nomeadamente na disfunção social.
|