Crenças, conhecimentos e práticas sobre os medicamentos genéricos na população portuguesa: estudo de coorte

Introdução: Os medicamentos genéricos (MG) surgiram em Portugal com a publicação do Dec.Lei n⁰ 81/90 de 12 de março. Apesar destes medicamentos já estarem disponíveis no mercado à algum tempo, a população em geral ainda tem dúvidas relativamente à eficácia, semelhança e diferença entre estes medicam...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fernandes, Inês Rodrigues (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.26/41217
Country:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/41217
Description
Summary:Introdução: Os medicamentos genéricos (MG) surgiram em Portugal com a publicação do Dec.Lei n⁰ 81/90 de 12 de março. Apesar destes medicamentos já estarem disponíveis no mercado à algum tempo, a população em geral ainda tem dúvidas relativamente à eficácia, semelhança e diferença entre estes medicamentos e os medicamentos de marca (MM). Face à evolução verificada no mercado dos MG com uma quota de mercado na ordem dos 50%, julgamos pertinente realizar este estudo. Objetivo: Avaliar as crenças, conhecimentos e práticas da população portuguesa sobre os MG. Metodologia: Realizou-se um estudo observacional de coorte transversal, descritivo e correlacional que envolveu a população portuguesa. A recolha de dados foi obtida através de um questionário aplicado via online e decorreu entre 04-2020 e 06-2020. Resultados: Dos 464 indivíduos, 383 são mulheres e 81 são homens, com uma média de idades de 27.22 anos (dp=±10.64), com o ensino superior (56.7%) e maioritariamente estudantes (42.7%). Desta amostra 90.5% sabem o significado de MG, 93.5% consideram que o preço dos MG é mais baixo, 4.1% nunca optaram por MG e 44,7% compram por opção pessoal. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre o conhecimento dos MG o género e a idade. Em relação à utilização prática dos MG, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) com a idade dos indivíduos. As crenças acerca dos medicamentos não parecem estar influenciadas pelos efeitos secundários ou pela prescrição e uso abusivo dos medicamentos em geral. Conclusão: Podemos concluir que os indivíduos da nossa amostra têm bom conhecimento e crenças bem definidas sobre os MG. Quanto ao seu uso reduzido deve-se à juventude da amostra.