Fissuração transversal e delaminagem em laminados cruzados

Um dos modos de rotura mais comuns dos laminados compósitos é a fissuração transversal, fenómeno que tem sido objecto de muita investigação. Neste trabalho realizou-se um estudo experimental com laminados cruzados [(0/90)6/0], [(0/902)4/0] e [(0/903)3/0], designados por L1, L2 e L3, respectivamente,...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Fernandes, Viriato da Costa Oliveira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2012
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/7355
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/7355
Descrição
Resumo:Um dos modos de rotura mais comuns dos laminados compósitos é a fissuração transversal, fenómeno que tem sido objecto de muita investigação. Neste trabalho realizou-se um estudo experimental com laminados cruzados [(0/90)6/0], [(0/902)4/0] e [(0/903)3/0], designados por L1, L2 e L3, respectivamente, que foram sujeitos a ensaios de tracção e de flexão. Os objectivos principais eram avaliar o efeito da fissuração transversal nas perdas de rigidez e a influência do agrupamento de camadas a 90º na tensão de início de fissuração transversal. Nos ensaios de tracção observou-se claramente fissuração transversal, mas esta afectou muito pouco a rigidez do laminado. A tensão de início de perda de rigidez foi menor para o laminado L3, com mais camadas agrupadas a 90º. De registar as elevadas tensões longitudinais de rotura das camadas a 0º, que impediram o ensaio até à rotura dos laminados L1 por limitação da capacidade de carga da máquina de ensaios disponível. Por outro lado, nos ensaios de flexão houve perdas de rigidez mais notórias. Todavia, não se observaram fissuras transversais, o que indica que as referidas perdas de rigidez se deveram muito provavelmente a comportamento tensão-deformação não-linear das camadas a 90º. Na realidade, as tensões transversais de início de perda de rigidez foram muito semelhantes para todos os laminados. A rotura das camadas a 0º externas por encurvadura com delaminagem a tensões inferiores às da rotura à tracção contribuiu também para evitar o aparecimento de fissuras transversais nos ensaios de flexão.