Resumo: | Resumo Objetivos: Determinar a prevalência de cárie, erosão dentária, traumatismos orofaciais e maloclusão; relacionar as alterações orais com o consumo de bebidas desportivas e energéticas e a utilização de protetor bucal; avaliar a perceção dos treinadores quanto às causas de traumatismos orofaciais nos atletas. Métodos: Estudo observacional e transversal, realizado em 105 indivíduos - 91 atletas federados em hóquei em patins e 14 treinadores, do escalão sub20-júnior e sénior - de 5 clubes desportivos, do distrito de Lisboa. A recolha de dados foi efetuada por questionário aos atletas e treinadores, e observação oral aos atletas, avaliando os índices de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPO-D), o Basic Erosion Wear Examination (BEWE), experiência de traumatismos orofaciais e maloclusão. Resultados: O CPO-D foi de 3,2 (±3,0), aumentando com o número de anos de consumo de bebidas desportivas e/ou bebidas energéticas (p<0,01). A prevalência de erosão dentária foi de 13,2%, sendo o BEWE de 2,5 (±1,4). A presença de erosão dentária foi proporcional ao consumo das referidas bebidas (ρ=0,227; p=0,031). Durante a prática desportiva 67,0% sofreu traumatismo orofacial, sendo referido pelos treinadores como principal causa o contacto com a bola. O protetor bucal era utilizado por 22,0%, os restantes revelaram um maior número de traumatismos orofaciais (p=0,240). Conclusões: A maior presença de cáries foi encontrada nos atletas que consumiam bebidas desportivas e/ou energéticas há mais tempo. Os que consumiam as referidas bebidas tendiam a apresentar erosão dentária. A não utilização de protetor bucal revelou um maior número de traumatismos orofaciais.
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