Summary: | O Vale do Jamor, Oeiras (Portugal), sofreu fortes modificações ao nível paisagístico desde que, na década de 30 do século passado se iniciou o processo de idealização e construção do Estádio Nacional, a implantar neste local. Do anterior contexto, profundamente rural, restam actualmente escassos vestígios, nomeadamente as ruínas de algumas das Quintas de Recreio que, à data, pontuavam o vale, como é o caso da Quinta do Balteiro. Sob pretexto do ano olímpico e de um hipotético acolhimento do evento em Portugal, o presente estudo tem por base o projecto de restruturação do Centro Desportivo Nacional do Jamor, por forma a adquirir as exigências associadas a uma Olimpíada. A Quinta do Balteiro, hoje propriedade deste complexo, apresenta-se como exemplar de uma tipologia marcante e definidora da paisagem dos arredores de Lisboa, e surge, no presente estudo, como ponto de partida para a procura de um entendimento actual sobre a posição a adoptar, por parte do arquitecto, perante os conceitos de Património Construído e Ruína, com o intuito de intervir de forma crítica, integrada e informada. A intervenção proposta visa a criação de um centro interpretativo para a valorização e promoção do Vale do Jamor, enquanto património histórico e paisagístico.
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