Gestão colaborativa em micro-redes inteligentes

O contínuo crescimento do consumo energético mundial obriga à implementação de novas e eficazes políticas energéticas, direcionadas para o desenvolvimento sustentável, no qual a eficiência energética e as fontes renováveis de energia assumem um papel de destaque. Neste contexto, surgem as redes elét...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Rafael (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10198/11783
Country:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/11783
Description
Summary:O contínuo crescimento do consumo energético mundial obriga à implementação de novas e eficazes políticas energéticas, direcionadas para o desenvolvimento sustentável, no qual a eficiência energética e as fontes renováveis de energia assumem um papel de destaque. Neste contexto, surgem as redes elétricas inteligentes, Smart Grids, além das Micro-Redes (MR), que se apresentam como uma alternativa credível às redes convencionais de distribuição de energia. Uma MR consiste numa rede de distribuição de baixa tensão que pode operar interligada à rede de média tensão, ou em modo isolado, e que integra pequenas unidades de geração de energia, em conjunto com dispositivos de armazenamento de energia e cargas, que se pretendem controláveis, podendo ser implementadas estratégias e mecanismos de controlo inteligentes, suportados por uma infraestrutura de comunicação. A gestão de MR pode ser efetuada com base em entidades de software autónomas e cooperativas, que atuam como representantes de alguém ou de algo, os agentes. A aplicação de estratégias e mecanismos de otimização do funcionamento de uma MR pressupõe uma série de interações entre os diversos agentes autónomos, para que a energia disponível seja gerida do melhor modo possível. Ao longo do presente trabalho foi modelada e testada uma micro-rede, supostamente explorada nos modos de funcionamento normal e crítico, com duas estratégias de operação: uma básica e outra inteligente, com otimização e gestão dos processos da MR (deslastre, escalonamento e priorização de cargas, além de previsão da produção e de gestão do carregamento das baterias). Para emular o comportamento da MR nas condições descritas, foi utilizada uma plataforma de modelação e simulação baseada em agentes, o Repast 2.1. Dos resultados obtidos às simulações efetuadas, constata-se que a dotação de inteligência no controlo da MR permite obter consideráveis reduções no consumo de energia e nos encargos associados (cerca de 17% de redução nos encargos), além de assegurar o fornecimento das cargas críticas do melhor modo possível, quando a MR opera isoladamente, incrementando a sustentabilidade energética desta.