O uso das preposições por estudantes portugueses de ELE do 9º ano

Apresentamos os resultados de uma investigação que se realizou numa escola do interior de Portugal. Concretizou-se com alunos portugueses do 9.º ano, investigando-se em específico a interferência da língua portuguesa no uso das preposições espanholas, classe gramatical à qual as editoras, os docente...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Leal, Marcelino António Araújo (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/14390
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/14390
Descrição
Resumo:Apresentamos os resultados de uma investigação que se realizou numa escola do interior de Portugal. Concretizou-se com alunos portugueses do 9.º ano, investigando-se em específico a interferência da língua portuguesa no uso das preposições espanholas, classe gramatical à qual as editoras, os docentes e os alunos não costumam dar muita atenção. Além disto, mostra-se a importância de se levar a cabo uma investigação baseada na conjugação da análise contrastiva, análise de erros e interlíngua (conhecendo as estratégias de comunicação às quais os alunos recorrem para colmatar a falta de conhecimentos na língua meta). Estas investigações ajudarão o docente e as editoras na seleção da metodologia e na construção dos materiais adequados, garantindo uma atuação didática proveitosa e direcionada para as necessidades e para os problemas específicos dos estudantes. Expomos as dificuldades dos alunos portugueses no uso das preposições espanholas e as suas causas. Os discentes objeto de estudo deixam claro que as transferências negativas das normas do português são mais do que aquelas que inicialmente possamos pensar. Para esta situação contribuem três fatores: (1) é habitual verem nas semelhanças entre ambos os sistemas uma vantagem para obter sucesso na disciplina de Espanhol sem esforço e o suficiente para comunicar com êxito com os hispanofalantes nativos; (2) a principal estratégia de comunicação consiste na tradução literal do português (incluindo o uso de vocabulário sem tradução); (3) os contextos que exigem uma preposição diferente em ambas as línguas são mais do que aqueles que, muitas vezes, imaginamos. Enunciamos os resultados destes fatores: (1) com uma adequada e persistente intervenção didática, os alunos crescem ao nível da gramática e da desenvoltura comunicativa, mas o discurso só muito lentamente deixa de refletir o vocabulário e as estruturas do português, permanecendo elevada a percentagem de erros por sua influência; (2) há uma forte possibilidade de os erros interlinguísticos e por seleção errada da preposição se fossilizarem prematuramente; (3) os problemas na comunicação com os hispanofalantes são muitos, sendo um exemplo de que não basta saber português ou usar um sistema aproximativo para se conseguir estabelecer comunicação.