Eficiência de uso do azoto de fertilizantes enriquecidos com microrganismos fíxadores de azoto

No mercado português têm surgido fertilizantes orgânicos enriquecidos com microrganismos fixadores livres de azoto. Com esta tecnologia procura incrementar-se a disponibilidade de azoto para as plantas, na medida em que estes microrganismos, sendo heterotróficos, podem melhorar a sua capacidade de f...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ladeira, Laurindo Chambula (author)
Other Authors: Arrobas, Margarida (author), Rodrigues, M.A. (author)
Format: conferenceObject
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10198/14859
Country:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/14859
Description
Summary:No mercado português têm surgido fertilizantes orgânicos enriquecidos com microrganismos fixadores livres de azoto. Com esta tecnologia procura incrementar-se a disponibilidade de azoto para as plantas, na medida em que estes microrganismos, sendo heterotróficos, podem melhorar a sua capacidade de fixação de azoto devido a serem colocados junto ao substrato alimentar. Neste trabalho reportam-se resultados de ensaios que decorreram durante 2 anos em campo e em vasos. Foram usados dois fertilizantes orgânicos enriquecidos com microrganismos (Biof1 e Biof2), um fertilizante orgânico não enriquecido (Organ), um fertilizante mineral em dose de azoto equivalente à dos fertilizantes orgânicos (Min1) e dupla (Min2) e uma modalidade testemunha, sem fertilização azotada. As doses dos outros macronutrientes fósforo e potássio foram ajustadas com adubos elementares simples. A experiência envolveu uma sequencia de três culturas por ano (alface-alface-nabiça) e cevada no final para avaliar o efeito residual dos tratamentos fertilizantes. Os resultados mostraram um efeito significativo dos tratamentos fertilizantes sobre a produção de matéria seca e a exportação de azoto. O adubo mineral originou os maiores valores e o corretivo orgânico não enriquecido os valores mais baixos entre os fertilizantes. O tratamento testemunha apresentou no geral menor produção de biomassa e exportação de nutrientes. O azoto aparentemente recuperado teve os valores mais elevados com a aplicação da dose única do adubo mineral ao fim de dois anos de aplicação (36,6% no campo e 33,5% nos vasos), ao passo que o corretivo orgânico não enriquecido foi o que apresentou a menor eficiência de uso do azoto (18,6% no campo e 2,4% nos vasos). O adubo mineral em dose dupla e os corretivos orgânicos enriquecidos com microrganismos apresentaram um efeito residual mais elevado em relação aos demais tratamentos sobre o cultivo de cevada num ciclo cultural seguinte.