Resumo: | Introdução: Toda a criança brinca. Brincar, direito fundamental da criança, tem benefícios no desenvolvimento motor, social e cognitivo e constitui instrumento importante de intervenção na saúde da criança (Leite e Sandoval, 2003). A criança com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), perturbação crónica e global do desenvolvimento infantil, tem défices qualitativos na interacção social e comunicação, padrões comportamentais repetitivos e estereotipados e repertório restrito de interesses e actividades (Gadia et al, 2004; Fávero e Santos, 2005). Objectivos: Identificar como brinca e o contributo do brincar na promoção da interacção social e comunicação da criança dos dois aos dez anos com PEA. Metodologia: Revisão sistemática de estudos publicados de Janeiro/2002 a Julho/2012 que incluíssem o brincar da criança PEA, crianças dos dois aos dez anos e texto integral consultando portais, bases de dados e motores de busca (EBSCO, LILACS, PUBMED, MEDLINE, CINAHL, Google Académico). Utilizaram-se as palavras: "criança", "autismo", "PEA", "brincar", "comunicação", "interacção social" e correspondentes nas línguas inglesa e espanhola. Excluíram-se estudos de crianças PEA com patologias associadas. Identificaram-se 834 artigos, seleccionaram-se 84 e utilizaram-se oito. Resultados: A criança PEA brinca maioritariamente através do contacto directo (toque e manipulação de objectos). Se a brincadeira for estruturada utilizando-se algumas técnicas nomeadamente, repetição de actividade ensinada pelo adulto, histórias sociais e imitação recíproca, contribuí positivamente no aumento da interacção social e desenvolvimento da linguagem. Conclusões: Os enfermeiros devem despertar os pais para a importância do brincar, promotor da interacção social e comunicação, áreas afectadas nestas crianças.
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