O coping na perceção da dor e distress psicológico em doentes crónicos

A dor crónica é uma das principais problemáticas atualmente ao nível da saúde, sendo a segunda doença mais prevalente em Portugal e com custos elevados para a sociedade e para o indivíduo. Estudos recentes têm evidenciado a elevada comorbilidade da dor com outras patologias psiquiátricas, como a ans...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Peixinho, Patrícia Barreto (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2019
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/26216
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/26216
Description
Summary:A dor crónica é uma das principais problemáticas atualmente ao nível da saúde, sendo a segunda doença mais prevalente em Portugal e com custos elevados para a sociedade e para o indivíduo. Estudos recentes têm evidenciado a elevada comorbilidade da dor com outras patologias psiquiátricas, como a ansiedade e a depressão, assim como a importância dos fatores psicossociais e do coping na gestão da dor. Este estudo teve como objetivo caracterizar uma amostra de pessoas com dor crónica quanto à dor, impacto da dor (interferência da dor em atividades de vida diárias, ansiedade e depressão) e coping. Pretendeu também estudar a relação entre estas variáveis e identificar preditores de capacidade funcional, ansiedade e depressão nesta amostra. A amostra foi constituída por 107 indivíduos com dor crónica, com idades compreendidas entre os 20 e os 85 anos. Foi utilizado um protocolo de questionários, composto pelo o Inventário Resumido da Dor (BPI), o Inventário das Formas de Lidar com a Dor Crónica (CPCI-16) e a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS). Os resultados indicaram níveis elevados de intensidade e interferência da dor nas atividades de vida diária nesta população, assim como de ansiedade e depressão. As estratégias de coping apresentaram correlações estatisticamente significativas com as outras variáveis de dor e de saúde mental, sendo de destacar o descanso, os pedidos de ajuda e a persistência na tarefa como os preditores mais significativos de dor e distress psicológico. A idade também se revelou um preditor significativo de intensidade e interferência da dor. Sendo estas relações dinâmicas evidentes, salientam-se algumas implicações deste estudo na compreensão da dor crónica para investigações futuras e prática clínica, particularmente ao nível da intervenção psicológica, contribuindo assim para a promoção da qualidade de vida e bem-estar a longo-prazo de pessoas com dor crónica