Protagonismos alternativos em saúde: contexto teórico de uma pesquisa compreensiva

A emergência de sistemas de saúde alternativos dá lugar ao pluralismo de cuidados que corresponde a construções reflexivas de percursos que estão para lá da normatividade da medicina. Essas escolhas leigas correspondem a racionalidades distantes da razão da ciência ao constituírem-se como sistemas e...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Alves, Fátima (author)
Outros Autores: Rosa, Rosário (author), Silva, Luísa Ferreira da (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.2/8328
País:Portugal
Oai:oai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/8328
Descrição
Resumo:A emergência de sistemas de saúde alternativos dá lugar ao pluralismo de cuidados que corresponde a construções reflexivas de percursos que estão para lá da normatividade da medicina. Essas escolhas leigas correspondem a racionalidades distantes da razão da ciência ao constituírem-se como sistemas explicativos complexos que se referem à experiência subjetiva. Este artigo problematiza o fenômeno ‘protagonismos alternativos nas trajetórias de saúde’ entendido como as atitudes ativas de construir a própria saúde com recurso a abordagens que não se incluem na biomedicina. O que leva os indivíduos a procurar sistemas ‘alternativos’ para promover a saúde e lidar com a doença? Como integram esses sistemas no seu cotidiano e como os articulam com o sistema biomédico? Quais as racionalidades leigas que privilegiam na sua configuração explicativa e interventiva os sistemas alternativos? Sendo este fenômeno relativamente recente na sociedade portuguesa e praticamente não analisado sociologicamente, interessa-nos situar os pilares analíticos que baseiam a sua compreensão. Nesse sentido, retomamos as dicotomias clássicas que têm marcado o debate sobre a produção do conhecimento, nomeadamente sobre saúde/doença – diálogos entre ciência e senso comum; entre natureza e cultura; entre racionalidades médica e leigas.