| Summary: | A revolução industrial constituiu um ponto de viragem das relações humanas no trabalho e desencadeou o despertar para os riscos psicossociais, onde o stress tem vindo a ter uma posição de destaque. O principal objetivo deste trabalho é analisar o impacte dos riscos psicossociais em contexto de trabalho, na área da segurança interna de uma organização do retalho, os quais não podem ser dissociados do tipo de liderança e gestão. Na persecução deste objetivo foi desenvolvido um estudo de natureza quantitativa, transversal, com recurso ao COPSOQ II. A população de referência para este estudo é constituída por 1380 trabalhadores, sendo a amostra de conveniência constituída por 200 inquiridos. O estudo realizado evidencia em termos de indicadores de risco mais elevado as subescalas: Exigências emocionais e Exigências cognitivas, seguem-se, Saúde geral, Sintomas depressivos, Stress, Burnout e Problemas em dormir com valores a considerar. A faixa etária entre os 30-40 anos, com menos habilitações literárias, sexo feminino, com filhos, sem cargo de chefia, que trabalham por turnos e há mais tempo na organização, são os que apresentam indicadores mais elevados de riscos psicossociais. Com base nos dados obtidos, aponta-se como fundamental, que todos os elementos que compõem a sociedade trabalhem em conjunto na mitigação destes riscos, começando por estudos aprofundados, visando entre outras medidas incluir que a avaliação psicológica de riscos ao nível da segurança no trabalho seja, obrigatoriamente, estendida aos da natureza agora estudada, seguida de medidas para a sua mitigação.
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