| Resumo: | Resumo: Esta dissertação procura uma compreensão abrangente do fenómeno de relação entre cidades e grandes eventos como ferramentas de regeneração e mudança urbanística. Os eventos a que nos referimos são os jogos olímpicos e exposições mundiais. Neste âmbito, três factores assumem-se como os mais importantes para o entendimento desse mesmo fenómeno, as cidades, os eventos e a imagem que estes deixam no desenho urbano. Sendo assim, este trabalho propôs-se estudar a dinâmica que os envolve e, através da análise do caso dos jogos olímpicos de Barcelona em 1992, propor uma abordagem teórico que pudesse servir como base a futuras cidades anfifriãs. Para atingir este objectivo surgiu a necessidade de compreensão de conceitos como legado tangível e intangível, relação sociedade/cidade, a forma como ambos se reflectem e marcam recíprocamente, e também a importância que a imagem teve ao longo dos tempos no desenho urbano. Este estudo levou-nos à conclusão que, cada vez mais, a imagem se assume como elemento fundamental, e nesse âmbito os eventos são importantes operações imagéticas no contexto urbano. O percurso levou-nos até ao evento de Barcelona. Foram estudadas as três fases, antes, durante e após o evento, constatando-se que a forma como foi projectado, e sobretudo como o legado foi pensado, permitiu uma real e proveitosa mudança da cidade que resultou depois do evento. Este trabalho pretende mostrar o porquê de existir o "Modelo de Barcelona" e fazer uma analogia ao que teria sido a Expo 98 realizada em Lisboa se fosse aplicada uma estratégia semelhante.
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