Incêndios Florestais em Portugal Continental fora do "período crítico". Contributos para o seu conhecimento.

Todos os anos, durante o verão, milhares de hectares de floresta são devastados pelos incêndios florestais que se verificam em várias regiões do globo. Na Europa, por exemplo, a maior parte, concentram-se na região do Mediterrâneo. Portugal tem sido o país mais afetado registando, maioritariamente,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fernandes, Sofia (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10316/28373
Country:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/28373
Description
Summary:Todos os anos, durante o verão, milhares de hectares de floresta são devastados pelos incêndios florestais que se verificam em várias regiões do globo. Na Europa, por exemplo, a maior parte, concentram-se na região do Mediterrâneo. Portugal tem sido o país mais afetado registando, maioritariamente, entre os meses de julho a setembro, uma grande concentração do número de ocorrências e área ardida, pelo que estes meses foram designados de período crítico, durante o qual vigoram medidas especiais de prevenção, deteção e combate a incêndios florestais. Apesar dos incêndios florestais serem mais frequentes na época estival, estes podem ocorrer em qualquer altura do ano, desde que se reúnam condições propícias à sua deflagração. Por vezes, até assumem grandes dimensões, como os dois grandes incêndios florestais ocorridos em Penela, no distrito de Coimbra, nos finais do mês de março de 2012, cuja área ardida atingiu os 1 882 ha. Ora, a presente investigação tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre os incêndios florestais que deflagraram em Portugal Continental, fora do “período crítico”, entre 1981 e 2012, com vista a uma melhor compreensão da real dimensão desta problemática, pouco debatida entre nós, mas que nos afeta anualmente e, por vezes, com alguma gravidade. Para o efeito, recolheram-se os dados oficiais dos incêndios florestais registados no território continental relativos aos anos referidos supra, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, procedendo-se depois, a uma análise temporal e espacial quer, do número de ocorrências quer, das áreas ardidas, bem como, das respetivas causas. Além disso, efetuou-se também, uma abordagem às condições sinóticas que lhes estiveram subjacentes.