A entrevista... que pressagiou abril

Outono de 1970, Ponta Delgada. Apesar das constantes recomendações paternas, há muito que o jovem Mário se move nos círculos oposicionistas. Participa activa e frequentemente em reuniões político-culturais sob a alçada da figura tutelar do oposicionista Borges Coutinho mas também de Júlio Quintino e...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rezola, Maria Inácia (author)
Format: bookPart
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.21/13920
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipl.pt:10400.21/13920
Description
Summary:Outono de 1970, Ponta Delgada. Apesar das constantes recomendações paternas, há muito que o jovem Mário se move nos círculos oposicionistas. Participa activa e frequentemente em reuniões político-culturais sob a alçada da figura tutelar do oposicionista Borges Coutinho mas também de Júlio Quintino e Melo Antunes. É a este último, aliás, que dedica o livro que editará, quatro década depois, sobre A Oposição ao Salazarismo em São Miguel e em outras ilhas açorianas (1950-1974) (Mesquita, 2009). Designando Melo Antunes como “cidadão honorário de Ponta Delgada”, descreve as suas “‘campanhas’ dos Açores” como “cívicas, política, ideológicas”, traduzindo-se num “trabalho militante, discreto, de defesa das liberdades cívicas e de persuasão das gerações mais jovens” (Mesquita, 2009, p. 10). O presente texto, integrado no livro de homenagem a Mário Mesquita, recupera uma entrevista que realizou a Ernesto Melo Antunes em 1970 e que, apesar do seu interesse, permaneceu inédita até ao momento.