Imparidades - Reconhecimento, mensuração e divulgação: Estudo empírico de empresas não cotadas em Portugal

Esta investigação tem por principal objetivo evidenciar a presença dos valores contabilísticos de Gray em Portugal, nomeadamente através da obtenção de uma correspondência entre os valores do conservadorismo e do secretismo em termos do reconhecimento, mensuração e da divulgação, relacionados com as...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Martins, Carlos Alexandre Quelhas (author)
Format: doctoralThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11328/1803
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.uportu.pt:11328/1803
Description
Summary:Esta investigação tem por principal objetivo evidenciar a presença dos valores contabilísticos de Gray em Portugal, nomeadamente através da obtenção de uma correspondência entre os valores do conservadorismo e do secretismo em termos do reconhecimento, mensuração e da divulgação, relacionados com as Perdas por Imparidade. Esta evidência será estudada através da ligação entre a referida problemática e determinados fatores, nomeadamente, a dimensão, o endividamento, o ebit, a rendibilidade, o código de atividade económica e a obrigatoriedade de certificação legal das contas, que distinguem as entidades incluídas na população deste estudo. O estudo baseou-se na análise de conteúdo do relato financeiro publicado pelas entidades através da IES no que diz respeito ao reconhecimento, mensuração e divulgação de perdas por imparidade, na ligação do tema com dois dos valores contabilísticos propostos por Gray (1988), nomeadamente, o conservadorismo e o secretismo. O objetivo deste estudo passa por estudar a evidência do conservadorismo e do secretismo divulgado no relato financeiro, nomeadamente na informação relacionada com as perdas por imparidade. A referida análise centrou-se na verificação da existência de possíveis diferenças significativas, por um lado, e de um eventual relacionamento, por outro, no que diz respeito a tais aspetos, consoante a dimensão, o endividamento, o ebit, a rendibilidade, o código de atividade económica e a obrigatoriedade de certificação legal das contas das entidades que compõem a população deste estudo. Os elementos analisados neste estudo foram obtidos a partir do relato financeiro publicado pelas entidades através da IES de 172 empresas portuguesas, que no período de 2010 adotaram o regime geral do SNC, ou seja adotaram as 28 NCRF, como normativo contabilístico e que possuem CAE 4, 6 ou 7, como código de atividade económico, revisão 3 (Decreto-lei n.º 381/2007, de 14 de novembro de 2007), posteriormente submetidos a técnicas estatística de análise não paramétricas. Os resultados encontrados sugerem um apoio menos fortalecido para a hipótese do conservadorismo em Portugal, na medida em que o reconhecimento de perdas por imparidade e imparidades líquidas mostrou-se mais recorrente nas entidades de maior dimensão, em função do código de atividade económica, em função do ebit e nas entidades obrigadas a certificação legal das contas. Por outro lado, não se verificaram diferenças significativas ou associação, nos termos da análise anteriormente efetuada, no que diz respeito aos aspetos relativos ao endividamento e à rendibilidade, com base em determinados indicadores para o efeito selecionados, das entidades componentes da população deste estudo. Relativamente ao valor contabilístico do secretismo, também o fator dimensão, o ebit e a obrigatoriedade de certificação legal das contas mostrou uma associação mais fortalecida no que diz respeito à divulgação relacionados com as perdas por imparidade, em detrimento dos fatores relacionados com o endividamento, o código de atividade económica e a rendibilidade. Os resultados deste estudo encontram assim um apoio menos fortalecido de secretismo em Portugal relativamente à informação divulgada no relato financeiro através da IES do reconhecimento de perdas por imparidade. Os resultados encontraram então um razoável apoio para o secretismo e o conservadorismo, sugerindo uma reclassificação do país ou a redefinição de tais valores.