Resumo: | RESUMO INTRODUÇÃO: A má higiene do sono pode ter impacto negativo na eficácia do tratamento da obesidade em idade pediátrica. OBJETIVOS: Determinar as associações existentes entre os padrões de sono-vigília, hábitos de ingestão alimentar e comportamentos alimentares problemáticos de crianças em tratamento hospitalar para excesso de peso e os padrões de sono-vigília e comportamentos alimentares das suas cuidadoras. METODOLOGIA: Foram avaliadas 110 crianças Portuguesas (Faixa etária: 8 - 12 anos;10,13 ± 1,39 anos; 64 Raparigas; z-score Índice de Massa Corporal 2,72 ± 0,65) em tratamento hospitalar para pré-obesidade/obesidade e respetivas cuidadoras (n=110; 39,84±5,48 anos; Índice de Massa Corporal 29,55±5,87 kg/m2). Crianças e cuidadoras reportaram os seus horários de sono nos últimos 7 dias e responderam a um conjunto de questionários de autorrelato (Crianças: Questionário de Frequência Alimentar; Teste de Atitudes Alimentares para Crianças; Cuidadoras: Questionário de Três Fatores do Comportamento Alimentar). Análises estatísticas correlacionais e de diferenças entre grupos foram realizadas. RESULTADOS: Crianças com obesidade apresentaram uma média de horas de sono significativamente inferior (pré-obesidade: 9h42±0h54 horas; obesidade: 9h11±0h49 horas; p = 0,026). A irregularidade nas horas de deitar entre os dias de semana/fim de semana, associou-se a maior frequência de ingestão de “bolachas” (rs = 0,24, p = 0,015) e de “bolos” (rs = 0,23, p = 0,023). Horas tardias de acordar/deitar das crianças associaram à menor restrição cognitiva em relação à alimentação por parte das cuidadoras (rs = -0,20, p = 0,034; rs = -0,23, p = 0,017). CONCLUSÕES: Número insuficiente de horas de sono e padrões de sono irregulares entre dias da semana e fim de semana das crianças associaram-se a hábitos alimentares pouco saudáveis e a alterações do comportamento alimentar nas suas cuidadoras.
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