O rebaixamento da linha de caminho-de-ferro : o vazio criado em Espinho

A cidade de Espinho esteve dividida durante quase um século pela via-férrea, tal característica refletiu-se numa divisilo do espaço urbano, tendo originado diversas ruturas nas reiaçôes sociais, resultado de diversos conflitos de interesses e uma autêntica separação da população envolvida. O recente...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Dias, Mário Diogo Barbosa (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/11067/2986
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/2986
Descrição
Resumo:A cidade de Espinho esteve dividida durante quase um século pela via-férrea, tal característica refletiu-se numa divisilo do espaço urbano, tendo originado diversas ruturas nas reiaçôes sociais, resultado de diversos conflitos de interesses e uma autêntica separação da população envolvida. O recente rebaixamento da linha de caminho-de-ferro que durante décadas dividiu o espaço físico e psicologicamente a cidade de Espinho, não serviu de elemento de unificação. Atualmente é um espaço sem função, que se traduz num espaço vazio sem objetivo e sem capacidade de preencher as necessidades urbanísticas e sociais da cidade. Assim, o principal objetivo do presente estudo foi analisar e compreender qual o papel e as possíveis soluções para o vazio urbano criado em Espinho pelo processo de rebaixamento da via-férrea e respetivo impacto na paisagem desta cidade. Do ponto de vista metodológico, o presente estudo assenta, simultaneamente, num recorte temático (ferrovia), num corte físico (área do estudo) e num rasto temporal (situação atual permeada pelos remanescentes do passado) da cidade de Espinho. Confirma-se que os espaços vazios dentro de uma cidade desempenham um papei fundamentai, no seio da população que a habita, ou seja, torna-se imprescindível para Espinho tomar o vazio inútil, deixado após o rebaixamento da via-férrea, num vazio útil. Este espaço deve contribuir para o desenvolvimento de uma nova centralidade, assumindo uma nova dimensão e utilização. Assim, passaremos a percecionar o espaço púbico não apenas de passagem, mas um espaço de permanecia, para tal é necessário que reúna as características necessárias para convidar as pessoas a permanecerem e, simultaneamente a sentirem-se bem.