Resumo: | A cidade de Castelo Branco ergueu-se num território amuralhado, ao qual correspondia inicialmente o centro cívico. A sua localização foi-se deslocando progressivamente, sendo que a malha histórica passou a corresponder quase exclusivamente a um núcleo habitacional degradado. Procurou-se, nos últimos anos, reverter esta situação, nomeadamente através da implementação do programa Polis. É a partir deste momento que se concretizam as repercussões de ações planeadas sobre a cidade antiga, ainda que esta tivesse sido previamente integrada noutros planos e estratégias. Além disso, todos os programas posteriores ao Polis expressam intenções de integrar este espaço nas suas intervenções. Analisando as suas estratégias, pode-se também constatar um alargamento da noção de centralidade, privilegiando-se o policentrismo em detrimento de uma visão polarizada, que separava a cidade intramuros das zonas de expansão. Por outro lado, verifica-se que existe uma complementarização crescente do planeamento com ações de programação urbana, promovendo-se a competitividade através de ações culturais, marketing urbano e integração em redes. Estas têm geralmente, como referente imagético de espaço público, o centro histórico da cidade, muito embora o conceito de centro seja cada vez mais lato. Coexistem ainda, por isso, noções diversas de centralidade, sobre as quais será pertinente refletir. Para tal, proceder-se-á a uma resenha dos processos de valorização dos centros históricos, bem como dos instrumentos de planeamento e reabilitação urbana nacionais, contextualizando a sua aplicação em Castelo Branco. Procurar-se-á ainda clarificar o impacto atual e previsível das ações planeadas, programadas e concretizadas, indiciando-se novas perspetivas neste âmbito, nomeadamente em relação ao espaço público e à noção de centro urbano
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