Motivação para a prática deliberada em contextos desportivos: exploração das suas dimensões e avaliação psicométrica numa amostra de jovens atletas de elite

Actualmente existe já uma ampla evidência para o papel crítico e decisivo da motivação (esforçada e sustentada), para a prática deliberada, bem como para o papel de tal prática na “rota” de desempenhos de nível superior e na “luta” pela excelência, em variados domínios de realização e profissionais...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Osório, Joana (author)
Other Authors: Cruz, José Fernando A. (author)
Format: conferencePaper
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1822/21082
Country:Portugal
Oai:oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/21082
Description
Summary:Actualmente existe já uma ampla evidência para o papel crítico e decisivo da motivação (esforçada e sustentada), para a prática deliberada, bem como para o papel de tal prática na “rota” de desempenhos de nível superior e na “luta” pela excelência, em variados domínios de realização e profissionais (Ericsson 1996; Ericsson & Charness, 1994; Ericsson & Lehmann, 1996). Na presente comunicação apresentam-se os resultados iniciais do processo de adaptação e validação, em língua portuguesa, do “Questionário de Motivação para a Prática Deliberada no Desporto”, tendo como ponto de partida um instrumento similar desenvolvido por De Bruin (2008; De Bruin, Rikers & Schmidt, 2007) com praticantes de xadrez e uma adaptação de uma versão da mesma medida para contextos académicos em Portugal (Monteiro, Almeida, Cruz e Vasconcelos, 2010). Neste estudo inicial participaram 126 jovens atletas de futebol, canoagem e remo, com idades compreendidas entre os 14 e os 25 anos, envolvidos em competições do mais alto nível em diferentes escalões competitivos. Os resultados das análises exploratórias à estrutura factorial deste instrumento apontam para a emergência de factores e dimensões que replicam os dados e as dimensões evidenciadas nos estudos anteriores. Para além dos bons índices de consistência interna, emergiram não só algumas diferenças significativas em função da idade e do nível de sucesso dos atletas, mas também padrões diferenciais de relação com indicadores de prática deliberada (e.g., número de horas de treino diário e semanal). Os resultados preliminares são discutidos tendo em conta a literatura actualmente existente no domínio do rendimento “expert” e da prática deliberada, sugerindo-se ainda algumas implicações para a investigação e práticas futuras, nomeadamente ao nível do desenho de tarefas de treino e formação estruturadas e de ambientes óptimos de aprendizagem e treino em contextos desportivos.