Saúde e Bem-estar da população portuguesa em 2018

A definição de saúde proposta pela Organização Mundial de Saúde em 1948, reconhece várias componentes na compreensão da saúde. A interação dinâmica entre as dimensões biológica, psicológica e social, sublinham a perspetiva multidimensional da saúde. Contribuindo para esta perspetiva o estudo teve co...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos, Ana João (author)
Other Authors: Torres, Ana Rita (author), Machado, Ausenda (author), Neto, Mariana (author)
Format: report
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.18/7558
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.insa.pt:10400.18/7558
Description
Summary:A definição de saúde proposta pela Organização Mundial de Saúde em 1948, reconhece várias componentes na compreensão da saúde. A interação dinâmica entre as dimensões biológica, psicológica e social, sublinham a perspetiva multidimensional da saúde. Contribuindo para esta perspetiva o estudo teve como objetivo descrever indicadores das dimensões de saúde física, mental, social e de bem-estar na população portuguesa, em 2018. O estudo epidemiológico, transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica à amostra de famílias ECOS (Em Casa Observamos Saúde), no segundo semestre de 2018 (1131 indivíduos). As estatísticas descritivas, bem como as estimativas de prevalência foram obtidas com ponderação para a idade, sexo, região e desenho amostral. Os resultados mostram que, para a maioria dos portugueses o seu estado de saúde é bom (46%) ou muito bom (10%), aproximadamente um terço dos Portugueses referiu não ter nenhuma doença crónica (28%) e a proporção de indivíduos com multimorbilidade (presença de duas ou mais doenças crónicas) foi de 45%. Para a maioria dos respondentes, os problemas de saúde não limitaram a realização das atividades de vida diária (71%). Observou-se uma prevalência de depressão de 8,6% e o bem-estar subjetivo avaliado através do Florescimento Psicológico (FP) indicou que 55,8% da população apresenta valores indicativos de recursos psicológicos. Quanto à rede social, em média, a população indicou quase duas pessoas como constituindo a sua rede de suporte social, com a qual estava satisfeita ou muito satisfeita. Os resultados observados mostram que a existência de doenças crónicas, de limitações nas atividades de vida diária e a autoapreciação do estado de saúde não correspondem a sobreposições, sugerindo que outros fatores e determinantes (como a saúde mental, o bem-estar e o suporte social) interagem com a autoapreciação dos respondentes. Um aspeto a destacar são os níveis elevados de florescimento psicológico por cerca de metade da população, bem como a grande satisfação manifestada por grande parte da população quanto à sua rede de suporte.