O processo supervisivo na formação contínua em matemática no 1º CEB

Procurámos, neste estudo, descrever a perspetiva dos professores formandos do Programa de Formação Contínua em Matemática do 1.º ciclo sobre as sessões de acompanhamento/supervisão em sala de aula, e analisar e descrever a adequação didática das tarefas implementadas à luz da perspetiva ontossemióti...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Varandas, Maria Teresa (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/10354
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/10354
Descrição
Resumo:Procurámos, neste estudo, descrever a perspetiva dos professores formandos do Programa de Formação Contínua em Matemática do 1.º ciclo sobre as sessões de acompanhamento/supervisão em sala de aula, e analisar e descrever a adequação didática das tarefas implementadas à luz da perspetiva ontossemiótica. Aliados a uma ampla revisão da literatura, em torno das áreas acima referidas, formularam-se os objetivos e as questões investigativas, às quais se pretendeu dar resposta. Dada a problemática em estudo optou-se por uma metodologia de natureza qualitativa, utilizando para a recolha de dados a análise das reflexões das tarefas implementadas, constantes nos portfólios de três formandas e, de entrevistas realizadas às mesmas. Para tratamento dos dados recorreu-se à análise de conteúdo. Os resultados obtidos permitiram-nos concluir que, no presente contexto educativo, a supervisão na formação contínua, entendida segundo os pressupostos teóricos atuais, poderá permitir ultrapassar muitos dos condicionalismos existentes, promovendo, ainda, um acréscimo de auto-implicação que poderá facilitar a apropriação de mudanças concetuais e de uma alteração efetiva nas práticas letivas. A adequação didática das tarefas foi investigada recorrendo às dimensões epistémica, mediacional e ecológica. A análise permitiu identificar a natureza das tarefas implementadas, o tipo de discurso, o uso de material manipulável, a comunicação e a partilha como fatores que favorecem a validade e adequação deste Programa de Formação para a sua implementação na sala de aula. Emerge, também, deste estudo a necessidade de reestruturar o atual sistema de formação contínua associado à mera obtenção de créditos para progressão na carreira e, por conseguinte o de avaliação de desempenho docente de forma a potenciar e valorizar positivamente a auto-implicação dos professores. Todavia, enquanto tal não se concretizar é necessário continuar a privilegiar a formação centrada na escola, pois possibilita uma resposta contextualizada, adequada e em tempo útil às necessidades desta organização que se pretende inteligente e aprendente.